sexta-feira, 21 de maio de 2010

Paraguay: "A Câmara de Vereadores não cumpre o seu papel"

Prosseguindo a série de entrevistas com Luis Américo Alves Aldana, segue seu pensamento sobre as práticas políticas locais e nacionais. Como é do seu feitio, Paraguay não recua diante das questões e coloca sua opinião a respeito da legislãção eleitoral brasileira.
Confira:

Falas & Fatos: Tiveste em 2008 uma experiência política, concorrendo a Prefeito. Quais lições ficaram daquela empreitada, que tu levas agora para a campanha a Deputado Federal, já que és pré-candidato pelo PSOL?


Paraguay: A maior lição é positiva, o que tornou minha situação como um caminho sem volta na esfera pública. Há pessoas inconformadas e revoltadas com a conduta desses políticos tradicionais e profissionais. O quadro político exige que continuemos, pois que a situação política em Montenegro é fraca, inexiste... e a oposição não consegue explicar as suas soluções, se é que as têm. Pessoas votaram em nossa candidatura, confiaram na nossa proposta política e os seus votos quiseram dizer que não há mais lugar para essa prática política retrógrada, desorganizada, medieval e incompetente que está à frente do Município há mais de 40 anos. Sempre as mesmas pessoas, sempre as mesmas idéias ultrapassadas de assistencialismo, compadrio, favorzinho e que nos conduzem a um futuro incerto. As administrações que se sucedem apenas têm em vista o incremento das receitas públicas, à custa do sucesso da iniciativa privada e do trabalho dos operários. A Câmara de Vereadores não cumpre o seu papel, parecem que desconhecem que fiscalizar e manter o equilíbrio do exercício do Poder Municipal tem sido uma obrigação impraticável. Desconheço igual omissão diante dos problemas da cidade que se revelam por um número inaceitável de pedintes pelas ruas, doentes, violência urbana, ruas intransitáveis, falta de vagas em escolas, etc. O pleito a deputado federal é viável e o Vale do Caí pode eleger um, tranquilamente. Uma pessoa que esteja presente, sempre. Estamos preparados para debater grandes questões e inserir os Municípios da região no contexto de mercados nacional e internacional. É hora, é o momento de termos um deputado federal efetivo. Ao contrário desses que se elegem por Montenegro e aqui aparecem muito em época de eleições. Aguardo com ansiedade a confirmações de meu nome na convenção do PSOL e estou convicto de estar pronto para a missão.

Falas & Fatos:  Como vês a situação da Legislação Eleitoral, que proíbe campanha antecipada, enquanto o Presidente vem desde o ano passado falando abertamente que sua candidata seria a ministra Dilma Roussef?

Paraguay: Ineficaz e ditatorial. É um péssimo exemplo para os brasileiros. Expressar pensamentos políticos é possível a qualquer tempo – com faço agora -, mas estar usando o fruto de todos os trabalhadores brasileiros para promover uma candidatura e agir eleitoreiramente o tempo todo, como Dilma, Marina, Ciro e Serra fazem, é uma ameaça ao Estado Democrático de Direito, imoral. São irresponsáveis, por exemplo, esses candidatos a deputado que vêm a Montenegro para churrascos e cervejadas, cujo financiamento duvido seja do bolso deles. Esses passeios são patrocinados presumivelmente pelo dinheiro público, direta ou indiretamente. Isto tem que acabar, deve ter um final. É desta forma que nada ou muito pouco se realiza em prol da comunidade, da sociedade, das cidades, do interior... Misturam eleições com governança. No fim, grande parte de tempo e das receitas públicas são desperdiçadas para a promoção eleitoreira como se vê diariamente no noticiário.

Falas & Fatos:  Na tua opinião, porque as pesquisas apontam uma aceitação recorde do Presidente Lula?

Paraguay: Esta popularidade tem a ajuda do capital internacional privado que ingressa no País, obrigando o governo a fazer investimentos sociais, sempre no sentido de manter a pobreza material e intelectual da maioria dos brasileiros. É o caso do bolsa família, vale disto e daquilo. Quero ver remediar esses falsos benefícios. Grande parte das verbas destinadas a manter a imagem de Lula são públicas. Transformaram-no num grande estadista, coisa que ele não é, nunca foi ou será, porque um estadista não transforma sua nação compradora de objetos obsoletos, caros, descartáveis; não torna seu Povo necessitado do desnecessário e devedor de obrigações impagáveis, o que se comprova pela subnutrição escondida nos morros, nas favelas; os pobres têm celulares e não têm estudo, trabalho, saúde. Pior do que ele, somente os seus antecessores. É o caso do melhor dos piores... Lula é fraco, fosse preparado teria uma política interna coerente com a sua política externa, quando ele se põe socialista – coisa que ele também não é, nunca foi ou será -; não se envolveria em questões eleitoreiras e estaria atento para interromper o vício de usar 30 % do PIB brasileiro para pagar juros das dívidas públicas (tem 200 bilhões de dólares em reserva e deve 600 bilhões de dólares), aplicando em previdência, saúde e educação somente 27%. Fosse realmente um estadista, incrementaria e permitiria que o índice de 17% do PIB aplicado em investimentos na indústria brasileira alcançasse os 20, 25% ideais, agora. Fosse um estadista de verdade, permitiria o combate à corrupção que nos atormenta com cerca de 30% das receitas públicas desviadas por quadrilheiros e assaltantes de cofres públicos. Ainda pagaremos alto preço por esta conta feita por Lula, comprometendo e endividando os brasileiros, desde empresários até o mais humilde operário. Lula não valoriza o trabalho e não creio que saiba o valor social do trabalho. É exatamente por esses motivos que os pensionistas e aposentados são saqueados com o fator previdenciário, cuja arrecadação do setor está sendo comprometida em outras áreas que não o pagamento justo dessas pessoas que trabalharam e contribuíram a vida toda para os cofres públicos. Lula tem 80% de aprovação popular, fruto de um marketing mentiroso, que se repete aos destacados exemplos de Stalin, Bush e Hitler que usavam, como Lula, da semiótica e da mentira para cegar o Povo.

Falas & Fatos: Mais alguma observação?

Paraguay: Unicamente agradecer a oportunidade para me comunicar com os leitores, esclarecendo nossos posições políticas. Vem em boa hora a oportunidade para apontar que a região do Vale do Caí e Montenegro têm condições de debater política em alto nível, elevando o conceito de um Estado Democrático de Direito e construindo um país de boas e ótimas perspectivas com Igualdade, Liberdade e Fraternidade, onde todos, desde agora, desfrutem das mesmas oportunidades e que, finalmente, se consagre a frase de Aristóteles que diz: a Política é a Ciência da Felicidade.

falasefatos.com.br

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